terça-feira, maio 31, 2011

Fechamento de Arquivo I

Hoje me perguntaram sobre o que é CTP e Fechamento de Arquivo, serei breve na minha descrição:
  • CTP (Computer-to-Plate) é uma tecnologia realizada para transferência do seu arquivo diretamente para a chapa de impressão off-set por meio digital
  • Fechamento de arquivo é o processamento para congregação de todas ferramentas aplicadas em um arquivo utilizadas em programas gráficos(Corel, Illustrator,etc...) de maneira que não gere conflitos na ocasião de sua abertura nos bureaus de impressão(+ ou - isso).
Pense o seguinte, em artes gráficas, hoje tudo funciona na base WYSWYG(What You See is What You Get), então lembre-se que tudo aquilo que você fizer é de sua inteira responsabilidade e não da gráfica, eles não vão se preocupar em consertar seus erros, Ok?!
Fechamento de arquivo é todo processo que você realiza para obter um arquivo com qualidade para impressão. Bom, tentarei ser o mais claro possível mas não entrarei em detalhes muito específicos para não tornar meu texto num curso e muito menos num tutorial, até porque minha intenção não é esta, tentarei ser o mais suscinto possível e não me extender em questionamentos infindáveis. 
Pense o seguinte você está com aquele trabalho maravilhoso na mão e quer que ele saia o mais fidedigno possível, o primeiro passo é a arte estar bem definida com imagens em alta resolução com nunca menos que 300 DPI( Pontos Por Polegada), todas em CMYK (gráfica trabalha assim), degradês com 256 steps, nada de preenchimentos automáticos, limpa(clean) e sem um monte fios desnecessários, etc,etc...como disse não farei um tutorial, no entanto simularei situações e soluções para cada tipo de arquivo.Abaixo algumas situações genéricas:
Em primeiro lugar contacte a gráfica onde você pretende realizar seus serviços gráficos e veja se eles possuem um driver próprio para impressora post script, se tiverem melhor ainda, peça o passo a passo para instalação da impressora na sua máquina;copie o arquivo PPD para a pasta de acordo com o programa; algumas gráficas possuem manuais de instrução, averigue!


Usando o Corel Draw: 
  1.  Gere um arquivo PS(post script) no menu imprimir, marque a caixa " Usar PPD" e em seguida indique a pasta onde está o arquivo PPD (não esqueça de selecionar a caixa imprimir para arquivo);
  2. Deverá abrir uma tela "Propriedades PPD-Geral" ou "PPD Geral", mude o tamanho do papel no campo "Tamanho personalizado Post script" ou "Dimensões do Tamanho Personalizado" e informe o formato desejado, coloque sempre uma margem de 25 ou 30 mm no entorno do formato desejável de papel (formato A4 + XX mm de margem), informe-se com a gráfica sobre o formato do seu trabalho antes de fechá-lo;
  3. Na aba "Avançadas" entre em resolution e coloque a resolução, no campo alterar configuração de "Resolution",especificada pela gráfica, geralmente é algo entorno de 2400 dpi mas não é regra, seleecione cor ou monocromátco(conforme seu trabalho), retrato ou paisagem e dê OK;
  4. Voltando para caixa de diálogo principal escolha a aba lay-out e selecione como no documento, na separações veja se o comportamento desejado para as cores (converter ou separação);
  5. Na aba pré-impressão selecione cada item que a gráfica necessita: Informações do arquivo (opcional), cortar e dobrar(essencial),marcas de registro (essencial), barra de calibragem (essencial);
  6. Na aba PostScript selecione frequência de tela em LPI de acordo com a gráfica, aqui selecionei 200 LPI;
  7. Na aba miscelânea desabilite "Aplicar Perfil ICC" e veja se saída bitmaps está habilitado CMYK, clique em aplicar e visualize o trabalho, se tudo estiver Ok, siga em frente;
  8. Na aba Geral selecione Imprimir em Arquivo, clique em imprimir, uma caixa de diálogo vai abrir, escolha salvar como PS;
  9. PRONTO...aí está seu arquivo postscript com tudo que você precisa;
  10. Mas não acabou...agora vamos  transformá-lo em PDF, para transformálo  o ideal é que você tenha instalado um Acrobat Distiller ou outro programa de conversão mas agora vamos usar do Distiller. Aberto o Distiller clique na seta de "Opções de Tarefas" e escolha o arquivo de transformação, que pode ser da própria gráfica ou do programa acrobat(arquivo PDF da gráfica ou Print do Distiller); clique em Open ou abrir (depende da versão), procure o arquivo PS que você gerou, arraste para dentro do Distiller e solte, ele imediatamente gerará um PDF dentro da pasta onde está seu outro arquivo PS. Pronto!...
É importante quando você for enviar o arquivo para execução tirar uma prova impressa para teste e envio, confira tudo,grave num CD/DVD ou envie via email/FTP, depois ligue para confirmar o recebimento e se o material está correto, peça uma prova de prelo ou uma print e boa sorte!
    Nestas imagens postadas aqui tem um aperitivo do passo-a-passo para realização do fechamento, acompanhe e na dúvida mande um e-mail ou melhor peça para ser add como seguidor.



      segunda-feira, maio 30, 2011

      Cor Institucional da CET-Rio: Amarelo Limão Flúor

      Continuação
      A partir do momento que definimos as cores institucionais da CET-Rio (amarelo limão flúor, branco e azul royal), tudo ficou mais fácil e começamos a implantar o modelo de Identidade Visual, que persiste até hoje com leves alterações e evoluções. As placas de trânsito referentes ao evento durante a Rio 92 eram todas azuis com amarelo limão flúor e foram impactantes na hora de nos divulgar como órgão gestor do tráfego durante o evento. Hoje a cor já está institucionalizada e forma com outros apetrechos técnicos marca registrada da companhia gestora do tráfego na cidade do Rio de Janeiro: CET-Rio. No processo evolutivo do colete foram testados e usados vários tecidos, sendo que o primeiro passo da evolução, foi a utilização na confecção do tactel com 100% poliamida, este já tinha na sua composição o amarelo limão-flúor, a resistência, a aeração e, sobretudo, a cor transmitia a visibilidade desejada, que combinado com as tarjas refletivas e o viés azul em toda sua orla criava um conjunto harmonioso. Este colete foi criado em substituição ao colete babador confeccionado em emborrachado e nylon que era bonito porém uma sauna ambulante.
      A história de luta para implementação desta indumentária foi um desafio que contarei adiante.
      (continua)

      sexta-feira, maio 13, 2011

      Cor institucional da CET-Rio - Amarelo limão flúor

      I.V da CET-Rio na Rio 92
      A CET-Rio já tinha na sua logomarca as cores branca, amarela e azul (azul era a cor institucional da Prefeitura), o amarelo era aquele encontrado na placa de advertência/atenção e o branco era referência a pintura da sinalização horizontal de tráfego. Em 1991 surgiu a oportunidade de evoluir e fixar nossa marca, nesta ocasião nos foi solicitado um estudo para um colete de sinalização, a peça deveria servir para fixação de marca da CET-Rio no cenário de trânsito e, faríamos o lançamento, durante a Rio 92. Naquele tempo, a equipe, apesar de composta vários profissionais de Comunicação/Design bem qualificados, não tínhamos o menor traquejo em workwear (para quem não sabe workwear são uniformes profissionais). Aquilo caiu feito uma bomba, como desenvolveríamos algo ímpar para um cenário monopolizado pelos fabricantes de EPI´s e vestuário de trabalho? Foi um Deus nos acuda e ainda, para piorar, o presidente da CET-Rio, Arquiteto Túlio Passos de Andrade, era gigante no tamanho e queria um colete personalizado onde ele coubesse dentro, que fôsse regulável e sem onerar muito o custo. Era um grande desafio mas também uma grande oportunidade para emplacarmos no cenário nacional e internacional como companhia gestora de trânsito e, melhor, da 2ª maior cidade do país. O momento era único e de uma responsabilidade imensurável, afinal o mundo inteiro estaria olhando para nós,nesta ocasião a então equipe de Comunicação Visual era
      O colete babador aberto
       composta por 06 profissionais de diversas áreas ligadas a comunicação/design todos muito capazes e totalmente focados na RIO 92, como ninguém conhecia esse tipo de trabalho resolvemos, então, pesquisar no mercado e percebemos que nenhum fornecedor se atrevia a mudar nada que não já estivesse em estoque, pré-concebido e em materiais que eles fornecessem e nós queríamos fazer algo diferente, o tempo corria e a solução não vinha. A única certeza é que deveríamos usar as cores da companhia para fixação de imagem e a certeza de que usaríamos o amarelo como base para o colete, isso em função de que na linguagem de tráfego amarelo é relacionado a advertência e ao fato de nos diferenciar dos outros órgão de trânsito existentes na cidade, que não possuíam uma imagem muito boa em relação aos contribuintes.O fato é que deveríamos usar algo que nos diferenciasse e que tivesse visibilidade no meio do tráfego.
      Um dia assistindo TV, vi uma operação de tráfego na Inglaterra e lá estava a solução, pelo menos era o que eu achava: Um colete Amarelo Limão Flúor, totalmente refletivo e com faixas pratas?altamente refletivas, era isso!...
      Levei a idéia para a equipe e senti que algumas pessoas viraram a cara, outras apoiaram e algumas questionaram o uso do amarelo limão flúor afirmando que não era permitido pelo Código de Trânsito (isso ainda no antigo código) e eu prevendo que isso aconteceria, levei o Código e provei que lá não falava nada sobre isso, só dizia que deveria ser visível e refletivo (+ou- isso), mas não consegui convencê-los que seríamos capazes de produzí-los em tempo hábil. Porém, numa destas infindáveis reuniões de trabalho, o nosso presidente sugeriu que fízéssemos um modelo de colete simples, barato e rápido para confeccionar, sugeriu um modelo que parecia um babador de criança...
      Logos CET-Rio
      e num insight meu colega Armando desenvolveu o lay-out, mas faltava quais seriam os materiais empregados e, de preferência, que fôssem encontrados com facilidade no mercado, com as cores propostas (inclusive a flúor) e materiais de qualidade! Na ocasião foi difícil encontrar materiais que não fossem sintéticos para confecção dos coletes e assim foi feito o primeiro colete, o amarelo limão era um emborrachado fino, o azul royal em nylon (essa era a cor adotada na ocasião) e o branco eram tarjas refletivas com grau diamante, com viés azul royal em toda sua orla e com cadarços nas laterais conforme desenho. Para concluir o resto do uniforme um boné na cor amarelo limão-fluór e calça azul royal. Bom, para dizer a verdade, o colete
      Detalhe do símbolo
      estéticamente ficou bonito mas não era nada confortável em intempéries esquentava horrores, entrava água pelas laterais e pescoço...etc, era o caos. A calça azul royal era em brim solasol 100% algodão, com detalhes em branco da  letra "E" , esse ícone era a representatividade da faixa de pedestres e seria o primeiro passo para compor uma marca da CET-Rio, um trabalho de fixação de uma marca incipiente. Na impressão serigráfica proposta para as calças foi realizado um estudo geométrico em módulos triangulares que seriam mais tarde aplicados em vários impressos, uniformes e outros materiais que compõem a I.V. de uma empresa como a CET-Rio.
      Tudo isso seria um passo-a-passo evolutivo para a  fixação da imagem da CET-Rio reconhecida como órgão gerenciador de tráfego da cidade do Rio de Janeiro. As aplicações foram das formas mais variáveis possíveis como vocês poderam ver mais adiante e tudo com um único propósito: Branding Institucional.
      Um fato curioso: O amarelo limão flúor em fotografias apresenta-se como amarelo!!...estranho né?!
      A partir do momento que definimos as cores institucionais da CET-Rio (amarelo limão flúor, branco e azul royal), tudo ficou mais fácil e começamos a implantar o modelo de Identidade Visual, que persiste até hoje com leves alterações ou evoluções. As placas de trânsito referentes ao evento durante a Rio 92 eram todas azuis com amarelo limão flúor e foram impactantes na hora de nos divulgar como órgão gestor do tráfego durante o evento. Hoje a cor já está institucionalizada e forma com outros apetrechos técnicos a marca registrada da companhia gestora do tráfego na cidade do Rio de Janeiro: CET-Rio.
      (continua)